sábado, agosto 14, 2004
A Natureza da Fé
É comum sair nas ruas da cidade e se deparar com camisas pretas de malha com uma única palavra grafada em letras brancas garrafais. Na maioria das vezes a palavra estampada é “Fé”. O que nos leva a pensar em como nossa sociedade valoriza e exalta a fé. Outra evidência disso são os constantes discursos das estrelas de TV ao darem suas entrevistas. Elas proferem frases como: “Eu tenho muita fé. Acho que todos deveriam ter fé em alguma coisa. Não importa no que seja, mas é importante que cada um creia no seu Deus”. Soa bonito, poético, holístico e fraterno.
Mas será a fé este sentimento auto-suficiente e poderoso em si mesmo, capaz de transformar a vida das pessoas mediante ao simples esforço de crer em qualquer coisa que seja? Segundo este conceito, a fé não passaria de um pensamento ilusório que conforta as pessoas em suas vidas sem sentido. Seria isso mesmo que Jesus queria dizer com a frase “A tua fé te salvou”? Se assim fosse, Jesus estaria querendo dizer: “Agora você tem uma doce ilusão para colorir sua vida sem graça”.
A fé deve ser entendida sob dois prismas distintos. O primeiro é o da fé de uma forma geral, que não pertence a uma religião ou doutrina específica. Todo ser humano crê em verdades absolutas a respeito da vida, do Universo, da morte e de inúmeras outras questões intangíveis que não podem ser respondidas pelo método empírico. Esse conjunto de opiniões formadas ao longo do tempo fazem parte do credo pessoal que todos carregam dentro de si. Essa fé deve ser respeitada, pois representa tudo o que aquela pessoa conseguiu concluir sobre a existência humana ao longo da vida.
O segundo prisma pelo qual a fé deve ser entendida é o prisma bíblico. As Escrituras se referem a um tipo de fé que está num nível muito superior ao das demais crenças. Se trata de uma fé sobrenatural, absoluta, específica, proveniente do próprio Criador e capaz de transformar por completo o modo de alguém ver e viver a vida. Ela é tão importante que o destino eterno de todos os seres humanos é decidido com base nela: “[Disse Jesus:] quem não crer será condenado” (Mc 16:16). Afirmações como esta soam retrógradas aos nossos ouvidos pós-modernistas. Mas a Bíblia é nada menos que uma alegação de verdade transcendental e absoluta do Universo. Então, de uma forma autêntica e direta, ela estabelece o único fator conclusivo para o destino de todos nós. Enquanto muitos líderes religiosos fazem de tudo para encobrir seus ensinamentos basilares do grande público, revelando-os apenas para os já iniciados, a Bíblia deixa bem claro “como é que Deus nos aceita: É por meio da fé, do começo ao fim” (Rm 1:17 - BLH).
A fé sobrenatural também tem dois aspectos. O primeiro e mais importante é que esta convicção inabalável não é gerada através de especulação racional, mas sim através de verdades reveladas por um agente externo sobrenatural (Deus). Quando uma pessoa recebe esta revelação, resta-lhe a opção racional de rejeitá-lo ou abraçá-la. O conceito de dignidade intrínseca do indivíduo provém das Escrituras, uma vez que fomos criados à imagem e semelhança de Deus nos é reservado o poder de optar e de arcar com as consequências de cada escolha.
Por outro lado, a fé não exclui a razão humana. Muitos acreditam que se converter ao Cristianismo é cometer suicídio intelectual e abandonar suas faculdades mentais em troca das ordens de um líder estelionatário e megalomaníaco. Quando na verdade o senso crítico é um atributo indispensável para o cristão moderno e sempre foi valorizado nas Escrituras. Exemplo disso são os cristãos da cidade macedônica de Beréia que “receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17:11). O abandono dessa simples prática tem transformado a população evangélica em massa de manobra nas mãos de líderes inescrupulosos.
O relacionamento entre fé e ciência também é algo importante a ser considerado. O cristão deve estar ciente dos avanços científicos e se possível contribuir para eles. Desde que este mundo é uma criação de Deus, Suas impressões digitais indeléveis estão por todo lugar. O ponto de conflito com o Cristianismo é que a ciência moderna está calcada de paradigmas ateístas tentando a todo custo “desmascarar” a existência de Deus. Mas os cientistas honestos que estão comprometidos com ciência e não com filosofia anti-religião estão chegando a conclusões surpreendentes a respeito de indícios de projeto inteligente na origem do Universo e do ser humano.
Esses dois aspectos da fé são aparentemente inconciliáveis e a torna um grande mistério. Como pode uma convicção que não é oriunda da razão não descartá-la por completo? Como fé e razão podem conviver em harmonia? A resposta é que a fé em Cristo não é apenas uma ilusão reconfortante, mas uma forma concreta de enxergar o mundo, entendê-lo e interagir com ele de maneira harmônica, responsável e prazerosa.
Mas será a fé este sentimento auto-suficiente e poderoso em si mesmo, capaz de transformar a vida das pessoas mediante ao simples esforço de crer em qualquer coisa que seja? Segundo este conceito, a fé não passaria de um pensamento ilusório que conforta as pessoas em suas vidas sem sentido. Seria isso mesmo que Jesus queria dizer com a frase “A tua fé te salvou”? Se assim fosse, Jesus estaria querendo dizer: “Agora você tem uma doce ilusão para colorir sua vida sem graça”.
A fé deve ser entendida sob dois prismas distintos. O primeiro é o da fé de uma forma geral, que não pertence a uma religião ou doutrina específica. Todo ser humano crê em verdades absolutas a respeito da vida, do Universo, da morte e de inúmeras outras questões intangíveis que não podem ser respondidas pelo método empírico. Esse conjunto de opiniões formadas ao longo do tempo fazem parte do credo pessoal que todos carregam dentro de si. Essa fé deve ser respeitada, pois representa tudo o que aquela pessoa conseguiu concluir sobre a existência humana ao longo da vida.
O segundo prisma pelo qual a fé deve ser entendida é o prisma bíblico. As Escrituras se referem a um tipo de fé que está num nível muito superior ao das demais crenças. Se trata de uma fé sobrenatural, absoluta, específica, proveniente do próprio Criador e capaz de transformar por completo o modo de alguém ver e viver a vida. Ela é tão importante que o destino eterno de todos os seres humanos é decidido com base nela: “[Disse Jesus:] quem não crer será condenado” (Mc 16:16). Afirmações como esta soam retrógradas aos nossos ouvidos pós-modernistas. Mas a Bíblia é nada menos que uma alegação de verdade transcendental e absoluta do Universo. Então, de uma forma autêntica e direta, ela estabelece o único fator conclusivo para o destino de todos nós. Enquanto muitos líderes religiosos fazem de tudo para encobrir seus ensinamentos basilares do grande público, revelando-os apenas para os já iniciados, a Bíblia deixa bem claro “como é que Deus nos aceita: É por meio da fé, do começo ao fim” (Rm 1:17 - BLH).
A fé sobrenatural também tem dois aspectos. O primeiro e mais importante é que esta convicção inabalável não é gerada através de especulação racional, mas sim através de verdades reveladas por um agente externo sobrenatural (Deus). Quando uma pessoa recebe esta revelação, resta-lhe a opção racional de rejeitá-lo ou abraçá-la. O conceito de dignidade intrínseca do indivíduo provém das Escrituras, uma vez que fomos criados à imagem e semelhança de Deus nos é reservado o poder de optar e de arcar com as consequências de cada escolha.
Por outro lado, a fé não exclui a razão humana. Muitos acreditam que se converter ao Cristianismo é cometer suicídio intelectual e abandonar suas faculdades mentais em troca das ordens de um líder estelionatário e megalomaníaco. Quando na verdade o senso crítico é um atributo indispensável para o cristão moderno e sempre foi valorizado nas Escrituras. Exemplo disso são os cristãos da cidade macedônica de Beréia que “receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17:11). O abandono dessa simples prática tem transformado a população evangélica em massa de manobra nas mãos de líderes inescrupulosos.
O relacionamento entre fé e ciência também é algo importante a ser considerado. O cristão deve estar ciente dos avanços científicos e se possível contribuir para eles. Desde que este mundo é uma criação de Deus, Suas impressões digitais indeléveis estão por todo lugar. O ponto de conflito com o Cristianismo é que a ciência moderna está calcada de paradigmas ateístas tentando a todo custo “desmascarar” a existência de Deus. Mas os cientistas honestos que estão comprometidos com ciência e não com filosofia anti-religião estão chegando a conclusões surpreendentes a respeito de indícios de projeto inteligente na origem do Universo e do ser humano.
Esses dois aspectos da fé são aparentemente inconciliáveis e a torna um grande mistério. Como pode uma convicção que não é oriunda da razão não descartá-la por completo? Como fé e razão podem conviver em harmonia? A resposta é que a fé em Cristo não é apenas uma ilusão reconfortante, mas uma forma concreta de enxergar o mundo, entendê-lo e interagir com ele de maneira harmônica, responsável e prazerosa.
Comentários:
Postar um comentário